Atento aos leilões, vendedor de sucata arrematou Aero Willys histórico por R$ 200
Quase 30 anos no ramo de leilões e sucata deram ao empresário Paulo Cezar Laurindo, experiência de sobra para encontrar relíquias. Foi assim que ele comprou por R$ 200 um veículo modelo Ford Aero Willys de 1969, que foi a leilão na quarta-feira (24) como sucata.
Conhecedor do assunto, ele sabe que a sucata na verdade vale bem mais. O Ford Aero Willys de 1969, é um veículo de valor histórico já que foi o primeiro modelo a ser fabricado no Brasil e utilizado como carro oficial de órgãos públicos.
Como foi vendido como sucata, o veículo não pode mais rodar na rua. Paulo Cezar afirma que comprou sem ver como ele está e só quando o veículo chegar de São Gabriel do Oeste vai ver qual o real estado dele.
Na reportagem de quarta-feira (25), o Midiamax havia divulgado que quem arrematou o veículo não possuía licença, mas Laurindo explicou que possui o registro e que a informação havia sido publicada erroneamente pela leiloeira.
“Eu não vi o carro, quando ele chegar vou saber se tem peças originais ou não. Ele pode ser reformado e vendido para um colecionador também, depende da proposta. Mas carros assim eu costumo guardar, quero mostrar para os meus netos um dia”, conta.
Sucata é o sustento da família há quase 30 anos
Paulo Cezar, a esposa e o filho tocam o negócio de venda de peças usadas. Na empresa localizada na avenida Marechal Deodoro, não é exagero dizer que a família se acha em meio aos milhares de peças à venda no local.
Em meio a peças e carros batidos, há veículos históricos e que ainda podem rodar como uma variante TL de 1975, quatro portas e uma belina 1. Entre as histórias ao longo do anos, ele conta que chegou a adquirir um veículo Landau que foi usado pelo primeiro governador do Estado. “Mas eles desistiram da venda pelo valor histórico”.
Perguntado se as sucatas rendem dinheiro, ele diz que está sobrevivendo junto com a família há quase 30 anos e é assim que está custeando os estudos dos filhos, para que eles tenham uma profissão diferente. “Para não ter que ficar mexendo com carro velho”, diz ele com o sorriso de quem faz por amor.